Historicamente, europeus começaram a sair da Europa para o Brasil a partir dos anos de 1530. Mas a imigração geral e mais intensa começou nos idos de 1800 com a transferência da Corte Portuguesa de Lisboa para o Brasil ( Rio de Janeiro).
Antes de 1755, na prática,eram também enviados prisioneiros, degredados (exilados) ou indesejáveis por suas colônias, e antes de 1808 os portugueses limitavam a imigração ao Brasil para os cidadãos portugueses. Depois de 1808, o Brasil abriu seus portos ao comércio internacional e começou a incentivar uma maior imigração.
Nesta época um decreto real (1808), abriu as portas do Brasil ao comércio direto com países estrangeiros e pela primeira vez, os cidadãos de outros países eram bem vindos para entrar em grande número e terem a possibilidade de se tornarem cidadãos permanentes e proprietários de terras no Brasil.
Mas só depois da Lei do Ventre Livre (1871)que libertou os recém-nascidos de se tornarem escravos, e da Lei Áurea, (1888) que libertou todos os escravos em solo brasileiro, que muitos europeus viram ter a oportunidade de imigrar para o Brasil e trabalhar, já que tais leis forçava os proprietários de grandes plantações (fazendeiros) a procurar outras fontes de trabalhadores mais baratas,que seriam encaminhados para as lavouras e agricultura em geral. Por isso, em 1890, tais fazendeiros organizaram a Sociedade Promotora de Imigração para promover a imigração, que os facilitaria e traria lucro.
Embora muitos outros estrangeiros de outras parte da Europa vieram naquela época, a maioria dos recém-chegados eram originários de Portugal, vindos nos diversos vapores .
Já no final do século XIX e o início do XX, a imigração lusitana tomou força, e famílias inteiras com milhares de homens, mulheres e crianças chegaram ao Brasil devido às dificuldades econômicas de Portugal, sendo a maioria atraídos pelas afinidades linguísticas. Inicialmente, a maioria dos imigrantes portugueses vinham da Província do Minho, na região norte de Portugal. Depois, o país recebeu imigrantes de outras províncias, como Trás dos Montes, Douro, Beira Alta, Beira Litoral, dos distritos do Porto, Braga, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu, Bragança, Leiria, Aveiro e Coimbra.
Em geral, partiam dos portos da cidade de:
Lisboa
Leixões
Distrito do Porto
Funchal, na Ilha da Madeira.
A imigração portuguesa teve uma característica predominantemente urbana, com maior concentração principalmente nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Recife e Salvador, locais a beira mar, desenvolvendo de pequenos até grande comércios, chegando num futuro próximo a construção de grandes indústrias.
Já no século XX com a crise econômica mundial de 1929, bem como a política migratória adotada pelo governo brasileiro, que assumiu o poder com a Revolução de 30, determinaram uma queda violenta nos números da imigração. Entre 1930 a 1950, chegaram ao Brasil 445.863 estrangeiros, dos quais apenas 33% eram portugueses.
Na década de 50 a imigração estrangeira voltou a ser incentivada, criando oportunidades no meio urbano, para trabalhadores com pouca qualificação;
de 1950 a 1963 entraram no país 772.157 imigrantes, sendo 41% portugueses provenientes, na sua maioria, do norte de Portugal e das ilhas da Madeira e dos Açores.
A partir de 1964 como o Regime Militar caiu novamente os números da imigrantes de forma geral.
Já nos últimos tempos com a entrada de Portugal no Mercado Comum Europeu em 1986, surgiu um quadro inteiramente novo. A integração européia reforçou os laços econômicos portugueses com o restante da comunidade,deste modo diminuindo de vez a necessidade da imigração de portugueses para o Brasil.