Conheça os primeiros povoadores do Rio de Janeiro e seus descendentes ilustres para a história brasileira.

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A DESCENDÊNCIA DOS PRIMEIROS POVOADORES DO RIO

I – ALEIXO MANUEL

Aleixo Manuel nasceu na Ilha do Faial, nos Açores, por volta de 1542, o faleceu no Rio cm 25 de janeiro de 1626. Foi quem construiu a primeira capela no morro pertencente a Manuel de Brito e que foi posteriormente doada aos monges beneditinos, que ali construíram a Abadia de Nossa Senhora do Montserrat – o Mosteiro de São Bento. Um dos primitivos nomes da atual Rua do Ouvidor foi Rua Aleixo Manuel, em homenagem a esse povoador ou a seu filho do mesmo nome. De sua esposa, Francisca da Costa Homem, natural de Ilha Terceira, teve, pelo menos, seis filhos. O primogênito foi o Padre Pedro Homem de Albernaz. Albernaz seria, provavelmente, o nome de família de Aleixo Manuel, por vir seu nome citado em alguns documentos como Aleixo Manuel Albernaz.

DESCENDENTES ILUSTRES

O seu neto, Francisco da Fonseca Diniz, o “Gadelha* por alcunha, nascido em 1616, e que foi, segundo consta, o primeiro médico carioca.
O Brigadeiro Francisco de Ornellas, da época do Império.
O Marechal Augusto da Cunha Maggessi Pereira, ex-presidente do Clube Militar.

II – ANDRÉ VILALOBOS DA SILVEIRA

André Vilalobos da Silveira
Como sua esposa, D. Isabel do Souto Maior, André Vilalobos da Silveira era natural dos Açores, ele nasceu na Ilha de São Jorge, no lugar do Topo e ela na Ilha Terceira. Vieram para o Rio antes de 1600, ano em que nasceu, nesta cidade, um de seus filhos, Francisco da Silveira Vilalobos, que viria a ser padre.

Em 1618, André Vilalobos da Silveira era vereador. Em 1628, foi eleito Ministro da Ordem Terceira de São Francisco da Penitência, servindo até 1630, e sendo novamente eleito em 1634. Em 4 de julho de 1634 foi eleito para representar o provedor da Santa Casa de Misericórdia, que era então Salvador Correia de Sá e Benevides, na administração do hospital da entidade. Em 11 de março de 1637, comprou de João Rodrigues Bravo, Capitão da Fortaleza do Outeiro de São Bento, a gleba das terras por esse adquirida em 1635 de Salvador Correia de Sá e Benevides, situada em Jacarepaguá e que continuou com seus descendentes até o presente, sendo conhecida como Engenho e, depois, Fazenda da Taquara.

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Francisco Teles Barreto de Meneses e seu filho Luís Teles Barreto de Meneses, ambos juizes de órfãos, como fora o avô, pois o cargo era hereditário e a família o detinha.
O Barão de Taquara, Francisco Pinto da Fonseca Teles, que herdou a conhecida Fazenda de cujo nome foi tirado o seu título.
O professor José Honório Rodrigues, ex-diretor do Arquivo Nacional. O Dr. Raul Telles Rudge, Diretor da Companhia SATMA.

III – ANTÔNIO DE MARIZ

Nascido em Barcelos, Portugal, por volta de 1536, Antônio de Mariz morreu no Rio no fim de 1584. Casou-se, por volta de 1566, com Isabel Velha.

José de Alencar imortalizou a figura de Antônio de Mariz, dando-lhe uma fidalga origem e inventando-lhe uma filha de nome Cecília, ou Ceei, por quem se apaixonou o índio Peri, no romance “O Guarani”, que serviu de libreto para a ópera do mesmo nome, de Carlos Gomes.
Antônio de Mariz foi proprietário de terras no local hoje denominado Ponte dos Marinheiros, e também em Niterói; ao que se sabe, teve duas filhas, Maria e Isabel. Nunca foi, entretanto, dono de um solar situado à beira do Rio Paquequer, nem teve filha chamada Ceei, como figura no romance de José de Alencar.

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O prelado (autoridade eclesiástica que, na Igreja Católica) Antônio de Mariz Loureiro, seu neto.
A Viscondessa de Itaboraí e sua irmã, a Viscondessa do Uruguai.
Os Conselheiros Francisco Belisário e Bernardo Belisário Soares de Sousa.
Antônio Augusto de Azevedo Sodré, que foi Prefeito do antigo Distrito Federal.
Alcindo de Azevedo Sodré, fundador do Museu Imperial de Petrópolis.
O poeta Manuel Álvares de Azevedo.
Inácio Manuel de Azevedo Amaral, primeiro reitor da Universidade do Brasil.
O escritor Benjamim Costallat.
Os embaixadores José Carlos e José Roberto Macedo Soaria
O jornalista José Eduardo de Macedo Soares.
O General Edmundo de Macedo Soares e Silva, presidente da Confederação Nacional da Indústria e ex-presidente da Companhia Siderúrgica Nacional.
O Ministro da Marinha, Almirante Paulo Bosísio.
O Arcebispo de Brasília José Newton de Almeida Batista.
O Marechal-do-Ar Ivo Sodré Borges.
O engenheiro John Reginald Cotrim, presidente das Centrais Elétricas de Furnas.

IV – ANTÔNIO DE SAMPAIO

Antônio de Sampaio nasceu por volta de 1527 e faleceu depois de 1573. Casou-se (cerca de 1558) com Maria Coelho, filha de André Pires nascida em São Vicente, SP. por volta de 1538 e falecida entre 29.12.1593 e 10.1601.

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O General José de Oliveira Barbosa, Barão do Passeio Público e, mais tarde, Visconde do Rio Comprido. Sua casa ficava no local onde existe o prédio em que funcionou até há pouco tempo o Cine Metro-Passeio. Foi Ministro de Estado.
D. Francisco Mariana de Oliveira, primeira esposa de José Clemente Pereira.
O Conselheiro Bento Lisboa.
O Compositor Ernesto Nazareth.
O Almirante Arnaldo Pinto da Luz, que foi Ministro da Marinha.
As atrizes Luísa Nazareth, Zilka Salaberry e Lourdes Mayer (Lourdes Nazareth Castanheiro Maia), esposa do ator Rodolfo Mayer (Maia).
O Ex-Secretário de Turismo da Guanabara,  Sr. Leoberto de Castro Ferreira.
O Almirante Luís Felipe Pinto da Luz.
Os industriais Soares de Sampaio.
Os banqueiros Lowndes.
O Engenheiro Haroldo Lisboa da Graça Couto.

V – BALTAZAR DE ABREU

Baltazar do Abreu, por alguns autores citado como Baltazar de Abreu Soutomaior, nasceu na Ilha da Madeira e faleceu no Rio, em 9 de julho de 1659. Sua esposa foi Isabel Rangel, com quem se casou no Rio.

O tronco família de Baltazar de Abreu é de tal maneira entrosado, desde o início, com o tronco Rangel de Macedo, que se tornou um pro-blema separar entre os dois grupos os descendentes, o que foi feito colo-cando-se a metade em cada um. A descendência da tetraneta Luciana Maria de Assunção e de seu marido, o Capitão Luís da Silva Ferreira, está quase toda ela radicada no Rio Grande do Sul, pois o casal foi residir em Bojuru no atual município de São José do Norte. De lá, a descendência ramificou-se nos municípios vizinhos de Rio Grande e Pelotas.

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Seu neto, Coronel Baltazar de Abreu Cardoso, que mandou edificar no cume de um rochedo a Igreja de Nossa Senhora da Penha, que deu o nome ao bairro da Penha.
O Sargento-Mor José Correia Taborda de Bulhões.
O Almirante Jurandyr da Costa Müller de Campos.
O Teatrólogo Joracy Camargo.
O Professor Benjamim Vinelli Batista, que também é descendente de outro primeiro povoador do Rio, Francisco Freire Ribeiro.

VI – CRISPIN DA CUNHA TENREIRO

Crispim da Cunha Tenreiro, era contemporâneo de Antônio e Mariz, e casou-se com sua filha, Isabel de Mariz, por volta de 1587. Um ramo dos descendentes de Crispim da Cunha Tenreiro, o ramo Velasco Molina, foi radicar-se no Rio Grande do Sul.

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O Capitão Francisco Pais Ferreira, grande fazendeiro na Região de Campo Grande e Guaratiba.
O Conde de Sarapuí, Bento Antônio Vahia, que também descendia de Domingos de Azeredo Coutinho, outro dos primeiros povoadores do Rio.
Monsenhor José Joaquim de Sá Freire, nascido em 1758 e falecido em 1821.
A Marquesa de Quixeramobim, D. Francisco Justiníana de Mascarenhas Mendonça e Lis.
O Marechal Lamartine Peixoto Pais Leme.
O Almirante Dário Pais Leme de Castro.
Os Prefeitos Milcíades Mário de Sá Freire e José Joaquim de Sá Freire Alvim (esse, o último Prefeito do antigo Distrito Federal).
O  Prof. Francisco Clementino de San Tiago Dantas.
O advogado Celestino de Sá Freire Basílio, ex-presidente do Instituto dos Advogados.
O diplomata Lucilo Haddock Lobo.
O advogado Hariberto de Miranda Jordão.

VII – DOMINGOS DE AZEREDO COUTINHO

Domingos de Azeredo Coutinho nasceu na Capitania do Espírito Santo, filho de Marcos de Azeredo e D. Maria de Melo Coutinho. Sua esposa, Ana Tenreira, era descendente dos Cunha Tenreiro e dos Mariz.

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Bento do Amaral Coutinho, seu bisneto, falecido em 1710, e que foi o herói da resistência contra a incursão francesa.
O Conde de Arganil (Frei Francisco de Lemos de Faria Pereira Coutinho), Bispo de Coimbra.
D. José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho, também bispo.
O Marquês de Itanhaém (Manuel Inácio de Andrade Soutomaior Pinto Coelho), Ministro de Estado.
O Barão de Cocais, José Feliciano Pinto Coelho da Cunha.
A Condessa de Sarapuí, D. Rita Clara de Araújo.
O Visconde de Aljezur, Francisco de Lemos Pereira de Faria Coutinho.
Felício Muniz Pinto Coelho, primeiro marido da Marquesa de Santos.
O Conselheiro Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, Visconde de Sepetiba, casado em segundas núpcias com D. Narcisa, neta de José Bonifácio.
A Marquesa de Lages, D. Isabel Leonor da Mota Leite e Araújo.
O Sr. José Bonifácio Coutinho Nogueira, que foi candidato ao Governo de São Paulo no último pleito.
Ângela Vasconcelos, Ex-Miss Brasil.

VIII – ESTÊVÃO DE MUROS

A família de Muros, à qual pertenceram Domingos, Gonçalo, Francisco e Estêvão, radicou-se no Rio nos primeiros anos após a fundação da cidade.
Do casamento de Estêvão de Muros com Maria da Rocha foi encontrada uma única filha, Paula de Muros, casada com o Alferes José Ramos, de quem teve 10 filhos. O terceiro destes, Manuel Pereira de Abreu, nascido em 1679 e falecido em 1766, teve de seu primeiro matrimônio com Josefa de Barros, quatro filhos, dos quais a primogênita, Antônia Nunes de Barros, casando-se em 1720 com o português Alexandre da Costa, deu origem à família Costa Barros, que foi o único ramo frondoso do tronco de Muros.

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O Padre-Mestre João de Santa Teresa Costa (1726-1808).
D. Ana Matilde da Costa Barros Sayão, Viscondessa de Niterói.
O Marquês da Gávea.
A famosa compositora e. maestrina Chiquínha Gonzaga (Francisco Edwiges Neves Gonzaga), e sua bisneta Gisela Vasconcelos Machado, esposa do produtor Carlos Machado e consagrada figurinista.
O Ex-Prefeito José Filadelfo de Barros e Azevedo, que foi também Ministro da Corte Internacional de Haia.
O historiador’ Henrique Carneiro Leão Teixeira Filho.
A escritora Marisa Lira (Maria Luisa de Lira e Oliveira).
Os almirantes Guilherme e Luís José Pereira das Neves.
A escritora Edna Savaget Teixeira Leite, produtora de programas de rádio e de televisão.
O Ministro Paulo Henrique de Paranaguá.
O engenheiro Bernardo Sayão de Carvalho Araújo, que morreu dirigindo a construção da Belém-Brasília.
O cantor Jorge Goulart (Jorge Neves Bastos).
O falecido homem de teatro Jardel Gonzaga de Bôscoli (Jardel Jércolis) e seu filho, o ator Jardel Filho.
O compositor Ronaldo Bôscoli.
Geysa Bôscoli.
O General José Luís de Lira e Oliveira.
O Major-Brigadeiro Aguinaldo Dória Sayão.

IX – FRANCISCO FREIRE RIBEIRO

Francisco Freire Ribeiro, natural de Guimarães, casou-se com Cata-rina de Freitas, de quem teve, pelo menos, quatro filhos, dos quais o primogênito, Pedro Freire Ribeiro, casou-se com Ana Duque da Rosa, filha de Henrique Duque Estrada. ‘

Na terceira geração, os nomes de família dos netos e bisnetos passaram a ser Freire Ribeiro, Cruz Freire, Duque Estrada e Antunes Ferreira. O ramo que se perpetuou até os nossos dias foi aquele que conservou o nome Duque Estrada. Cerca da metade da descendência do tronco de Francisco Freire Ribeiro está entrelaçado com a do tronco originado por outro dos primeiros povoadores do Rio, Antônio de Mariz.

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O Padre Frei Luís Antônio de Santa Teresa Duque.
O Barão do Tapacorá, Manuel Antônio Alvares de Azevedo.
O Camarista Augusto Duque Estrada Meyer.
A Condessa de São Simão, Honorata Carolina de Azevedo Barroso.
O Conselheiro Domingos de Azeredo Coutinho Duque Estrada.
Luís Joaquim Duque Estrada Teixeira, influente político do período do império.
A Baronesa do Fonseca, D. Mariana Álvares de Castro. Osório Duque Estrada, autor da letra do Hino Nacional.

D. Maria Rita César de Andrade, esposa do Prefeito Pereira Passos.
D. Eponina de Sousa Ferreira Cavalcanti, viúva do Prefeito Amaro Cavalcanti.
D. Edina, viúva do médico Arnaldo de Morais, e sua prima, D. Carmem, viúva do industrial Mário d’Almeida.
O  Professor João Benjamim Batista, e seu filho, Professor Benjamim Vinelli Batista.
A Almirante Antônio César de Andrade, o médico Paulo César de Andrade e o engenheiro Arthur César de Andrade.
O  cronista desportivo Célio Negreiros de Barros.
O Professor Hélio Tornaghi, presidente da VASP.
Paulo Monte e Gláucio Gil , produtores de programas de rádio e de televisão.

X – FRANCISCO VIEGAS

Francisco Viegas, casou-se em 1598 com D. Joana de Soberal, e faleceu por volta de 1640. Sua esposa morreu muito mais tarde, a 11 de setembro de 1678, com quase 100 anos.

Do casal, encontrou-se três filhas, Lucrécia Viegas, Maria Viegas e Mariana de Soberal. Todas se casaram e tiveram filhos. Sua descendência está mesclada com o tronco originado por dois outros dos primeiros povoadores do Rio, Crispim da Cunha Tenreiro e Domingos de Azeredo Coutinho.

DESCENDENTES ILUSTRES

O Barão de São Nicoláu, Leopoldo Augusto da Câmara Lima.
A Viscondessa de São Leopoldo, D. Maria Elisa de Lima Fernandes Pinheiro.
O Segundo Visconde de Pelotas, Marechal José Antônio Corrêa da Câmara, que foi senador, ministro de Estado e presidente da Província do Rio Grande do Sul, e sua esposa e prima a viscondessa de Pelotas.
O General Pedro Augusto Pinheiro Bittencourt.

XI – JOÁO DE SOUSA PEREIRA BOTAFOGO

João de Sousa Pereira Botafogo teria nascido em Elvas, por volta de 1540, e de Portugal foi para a capitania de São Vicente, onde se casou com D. Maria de Luz Escórcio. Chegou ao Rio quando a Cidade Velha já estava principiada e seus habitantes guerreavam os índios tamoios.
Pela sua bravura, João de Sousa Pereira Botafogo foi feito capitão de uma canoa de guerra, e enviado para Cabo Frio a fim de impedir o contrato de pau-brasil que os franceses ali efetuavam. Como bandeirante, fez várias penetrações pela sertão. A enseada de Botafogo, que primitivamente se chamou Enseada de Francisco Velho, adquiriu o nome que até hoje conserva, ao que parece, por ter próximo à sua praia residido aquele povoador. O nome de Enseada estendeu-se à antiga Chácara de São Clemente, atual Bairro de Botafogo. Da descendência de João de Sousa Pereira Botafogo, uma grande parte passou-se para o Estado do Rio nos fins do século XVIII, ali constituindo ramos difíceis de serem pesquisados e comprovados, devido ao mau estado dos livros paroquiais. Outro ramo fixou-se em São Paulo.

DESCENDENTES ILUSTRES

O Barão de São Gonçalo, Belarmino Ricardo de Siqueira.
O Marechal Gabriel de Sousa Botafogo.
O General Brasileiro Americano Freire, falecido no Paraguai quando ali exercia o cargo de Embaixador do Brasil.
Violeta (Bebê) Lima e Castro, recentemente falecida. Nelson de Sá Earp, Ex-Prefeito de Petrópolis.
O diplomata francês Jean André Binoche, embaixador da França no Brasil.
O Almirante Augusto Hamann Rademaker Grunewald. Os industriais Darke e Jorge Bhering de Oliveira Matos.
A Sra. Ema Hamann Negrão de Lima, esposa do Embaixador Francisco de Lima.
O Sr. Raul T. Rudge, da Companhia de Seguros Sul-América e do Instituto de Resseguros do Brasil.
O paisagista Carlos da Silva Ramos Perry.
Pedro Benjamim de Cerqueira Lima, já falecido, que foi diretor do Touring Club do Brasil.
O Desembargador Francisco Pereira de Bulhões Carvalho e sua irmã, a escritora Emi (Emília) Bulhões Carvalho da Fonseca.

XII – JORDÃO HOMEM DA COSTA

Jordão Homem da Costa era filho de Luís de Faria Homem e de Ascença de Andrade.

Casou-se em primeiras núpcias com Bárbara Nunes, e, em segundas núpcias, com Ana de Sousa. Esta faleceu muitos anos após o marido, a 15 de setembro de 1679. Todos os descendentes de Jordão Homem da Costa também descendem de João de Souza Pereira Botafogo.

DESCENDENTES ILUSTRES

A viúva do comerciante português Braz Carneiro Leão, que, após a morte do marido, foi agraciada com o título de Baronesa de São Salvador de Campos de Goitacases {que é o nome completo da Cidade de Campos). Essa senhora deixou numerosa descendência, de grande destaque no Império.

Foram seus filhos:

a primeira Viscondessa de Cachoeira;

a Marquesa de Baependi;

o Conde de Vila Nova de São José (Fernando Carneiro Leão), por quem se apaixonou a Rainha Carlota Joaquina, e o segundo Visconde de São Salvador de Campos de Goitacases.

Foram seus netos a Marquesa de Jacarepaguá; o segundo e o terceiro Viscondes de Cachoeira; a Marquesa de Maceió; o Conde de S. Simão; a Marquesa da Cunha; a Duquesa de Caxias; o Conde de Baependi; o Barão de Juparanã, e o Barão de Santa Mónica (genro de Caxias).
O caricaturista J. Carlos (José Carlos de Brito Cunha).
A  campeã de natação Edite Groba.
O  arquiteto Afonso Eduardo Reidy, autor do projeto do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro.
O Almirante Eduardo Augusto de Brito e Cunha.
O Secretário de Saúde da Guanabara, Sr. João Luís de Brito Cunha.
O Brigadeiro Luís Leal Neto dos Reis.

XIII – JULIÀO RANGEL DE MACEDO

Julião Rangel de Macedo. Rezam os documentos ler sido filho de Damião Dias Rangel. Em 1583 era capitão. Casou-se por volta de 1574 com D. Brites Sardinha, filha de João Gomes Sardinha e de Felipa Gomes, e irmã de D. Pero Fernandes Sardinha, primeiro bispo do Brasil e que foi morto e devorado pelos índios.

O tronco familial descendente de Julião Rangel de Macedo está em tal forma entrosado com o tronco originário de Baltazar de Abreu (V dessa série) que foi problemático separar os descendentes pelos dois grupos, o que foi feito em duas metades.

DESCENDENTES ILUSTRES

O Conde de Figueiredo.
O Marechal Rangel de Vasconcelos que tinha o nome perpetuado numa estrada em Irajá, região em que residia. Há algum tempo foi mu-dado o nome da estrada, o que provocou protestos dos historiadores.
O grande cientista Osvaldo Cruz, a sua irmã Noemi, viúva do pintor paisagista Batista da Costa.
O Ministro Cândido de Oliveira Neto.
Os embaixadores Samuel Gracie e Joaquim de Sousa Leão.
O Ministro João Lampreia.
O banqueiro e segurador Jorge Oscar de Melo Flores.

 

XIV – LUÍS DE BARCELOS

Nascido na Ilha Terceira, nos Açores, Luís de Barcelos casou-se no Rio com Catarina Machado, dando origem à família Barcelos Machado.
Seu trineto foi o Alcaide-Mor Caetano de Barcelos Machado, cujo filho único casou-se, em 1780, com Dona Francisco Antônia de Velasco, de quem teve dois filhos: o Brigadeiro José Caetano, que casou mas não teve filhos, e D. Ana Francisco de Velasco, esposa do Capitão Manuel Carneiro da Silva. Já nessa época a família estava radicada no lugar denominado Mato da Pipa, na Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Capivari (Quissamã). Do casamento de D. Ana Francisco de Velasco com o capitão Manuel Carneiro da Silva, nasceu em 1788, constituindo a sétima geração do tronco familial originado por Luís de Barcelos, José Carneiro da Silva. Foi agraciado, por mercê de 5 de maio de 1844, com título de Barão de Araruama (primeiro), e, a 15 de abril de 1847, elevado a Visconde com grandeza do mesmo título, falecendo em 1864. A maior parte de sua descendência foi constituída por famílias de fazendeiros no Estado do Rio, na Zona de Campos e de Quissamã, que cultivavam a cana de açúcar.

DESCENDENTES ILUSTRES

O primeiro Visconde de Araruama, José Carneiro da Silva, já acima citado (e que antes fora o primeiro Barão de Araruama), e seus filhos Bento, Manuel, José Caetano e João José, respectivamente o Conde de Araruama (2o), o Visconde de Ururaí (2*), (genro do Duque de Caxias), o Visconde de Quissamã e o Barão de Monte do Cedro.
A Baronesa de Vila Franca, D. Francisco Carneiro da Silva.
O Deputado Edilberto Ribeiro de Castro.

 

XV – SALVADOR CORREIA DE SÁ

Salvador Correia de Sá (o Velho), que foi Governador do Rio, nasceu por volta de 1530 e faleceu em 1631, com cerca de 101 anos de idade, segundo rezam as crônicas. Era filho de Gonçalo Correia e de Felipa de Sá, que era parente de Mem de Sá; Governador-Geral do Brasil. Salvador casou-se três vezes, e seu filho Martim, falecido em 1632, casara-se, por volta de 1600, com Dona Maria de Mendonça y Benevidez. Deste matrimônio nasceram, pelo menos, três fi-lhos, dos quais o mais velho foi o famoso Salvador Correia de Sá e Benevides, que faleceu em 1688. O filho deste, Martin Correia de Sá e Benevides, foi agraciado em Portugal com um título de nobreza, tendo sido o primeiro Visconde de Asseca. A família Asseca passou-se para Portugal, onde está hoje representada pelo décimo Visconde de Asseca, Antônio José Maria Correia de Sá e Benevides Velasco da Câmara, nascido em 1900 e casado com D. Maria Luísa de Souza e Holstein Beck, filha do Duque de Palmela.

O único ramo brasileiro atuai dessa família originou-se do casamento de José Maria Correia de Sá e Benevides (da sétima geração do tronco originado por Salvador Correia de Sá, o Velho) com Leonor Maria Salda-nha da Gama, filha do sexto Conde da Ponte. José Maria Correia de Sá e Benevides era irmão do sexto Visconde de Asseca, Antônio Maria Cor-reia de Sá e Benevides, sendo ambos filhos do Marechal Salvador Cor-reia de Sá e Benevides, quinto Visconde de Asseca.

XVI – SEBASTIÃO FAGUNDES VARELA

Sebastião Fagundes Varela, natural de Viana do Castelo, faleceu no Rio, em 29 de julho de 1639. Casou-se com Maria de Amorim Soares, de quem teve, pelo menos, quatro filhos. A primogênita Petronilha Fagundes, casou-se com um parente seu, João Fagundes Paris.

Uma vasta sesmaria situada na Zona Sul da cidade, compreendendo os atuais bairros de Jardim Botânico, Gávea, Ipanema e Leblon, # e incluindo também, por conseguinte, a Lagoa, fora adquirida por Sebas-tião Fagundes Varela. Esta sesmaria transformou-se no engenho denomi-nado da Lagoa, que tinha duas capelas: a de Nossa Senhora da Concei-ção e a de Nossa Senhora da Cabeça. Petronilha, tendo herdado a pro-priedade, por sua morte esta passou às mãos de sua filha d. Isabel Fagun-des, esposa de Manoel Teles Barreto. Falecendo D. Isabel, passou a pro-priedade às mãos de sua filha Petronilha (neta da primeira deste nome), esposa do capitão Rodrigo de Freitas Castro. A lagoa, que nos mapas antigos vinha mencionada como lagoa dos Fagundes, e, depois, como Lagoa de Manoel Teles,, teve seu nome fixado definitivamente como Lagoa Rodrigo de Freitas.

DESCENDENTES ILUSTRES

Entre os descendentes ilustres e de maior destaque de Sebastião Fagundes Varela figuram:
D. Catarina Vaz Moreno, esposa de Francisco Cordovil de Siqueira e Melo, Provedor-Mor da Fazenda Real e dono da Fazenda do Provedor, em Irajá, hoje loteada e transformada no subúrbio de Cordovil.
O Dr. José de Oliveira Fagundes, advogado dos Inconfidentes. O poeta Francisco Nicolau Fagundes Varela.
Joaquim Henrique de Araújo, Visconde de Pirassinunga, marido de D. Luísa Bambina, filha única dos Marqueses de Olinda e cujo nome está perpetuado nas placas da Rua Bambina, em Botafogo.
A Baronesa do Pilar, Maria José de Araújo.
A Baronesa do Rio Preto, D. Maria Bebiana de Araújo Lima.
O almirante Joaquim Antônio Cordovil Maurity.
O  pediatra José Alves Maurity Santos.
A Embaixatriz Maria Georgina Régis de Oliveira.
A princesa Jean Louis de Faucigny Lucinge, nascida Sílvia Régis de Oliveira.
O Sr. Aldo Batista Franco, diretor da CACEX.

XVII – TOME DE ALVARENGA

Do casamento de Tome de Alvarenga com Maria de Mariz houve

uma filha, chamada Maria de Alvarenga, nascida no Rio, por volta de 1595, e falecida a 6 de junho de 1649.
?A filha de Tome de Alvarenga casou-se com o Capitão Manuel Correia, que faleceu a 8 de janeiro de 1648. Este Manuel Correia era filho de Gonçalo Correia e de sua segunda esposa, Maria Ramires. Era, por-tanto, meio-irmão de Salvador Correia de Sá (o Velho), que era filho do mesmo Gonçalo e de sua primeira esposa, D. Felipa de Sá. Os descendentes de Maria de Alvarenga usaram os nomes de Correia de Alvarenga, Correia Vasques (ou Vasqueanes) e Correia de Araújo. Por volta de 1700, entretanto, dois filhos do Sargento-Mor Martinho Correia Vasques acrescentaram ao nome o apelido Sá, que era o nome da família da primeira esposa de seu bisavô Gonçalo Correia. Fato inédito ! O Tenente-General Martinho Correia de Sá e seu irmão Salvador Correia de Sá passaram a usar o nome de família da primeira esposa de um bisavô sem dela descenderem. Depois de residir por algum tempo no Rio, passaram-se estes Correia de Sá para o Estado do Rio, em Jacutinga e Iguaçu. Vamos encontrar mais tarde, em princípios do século XIX, uns Correia de Sá, que daqueles se-riam provavelmente oriundos, estabelecidos em Rio Bonito, no Estado do Rio. Ocorre então um fato semelhante ao primeiro: Manuel Correia de Sá, em 1860, mais ou menos, resolve, em Rio Bonito, em homenagem aos seus contraparentes, aumentar o seu nome, passando a chamar-se Manuel Correia de Sá “e Benevides”.

ESCLARECIMENTO

– Em aditamento ao que dissemos ao descrever o tronco oriundo de Salvador Correia de Sá (o Velho) que foi o XV desta série, convém res-saltar que há três grupos familiais usando o nome Correia de Sá e Bene-vides: 1 ? Os Correia de Sá e Benevides com pleno direito de sangue de usar os nomes de Sá e de Benevides, e que são aqueles descritos no tronco XV desta série, por serem descendentes diretos de Salvador Correia de Sá (o Velho), e de seu neto Salvador Correia de Sá e Benevides; 2 – Os Correias da descendência proveniente do casamento de Manuel Correia com a filha de Tome de Alvarenga; descendência que por volta de 1700 acrescentou “de Sá” ao nome, e a mesma, que, provavelmente em 1868, em Rio Bonito, acrescentou “e Benevides” àquele nome já acrescentado; são esses que vêm descriminados neste tronco XVII, oriundo de Tome de Alvarenga; 3 – Outros Correia de Sá ou Correia de Sá e Benevides que, por não conhecerem sua origem secular nem possuírem documentos que atestem sua improvável ligação genealógica com os demais, apesar de sua ori-gem portuguesa evidente, não podem ser enquadrados como descendentes dos primeiros povoadores do Rio, pois não há casamentos de antepas-sados seus que conste dos livros paroquiais de nossa cidade.

XVIII – TOUSSAINT GRUGEL

Toussaint Grugel foi um dos primeiros povoadores do Rio, cuja descendência persiste até hoje. Na habilitação “de genere” de um dos seus netos, os depoentes, em seus testemunhos, foram unânimes em declarar que Toussaint Grugel nascera no Havre de Grace, em França. Seu casamento com a carioca Domingas de Arão (ou do Amaral) deve ter ocorrido por volta de 1600. Morreu no Rio, por volta de 1625. Sua esposa faleceu muitos anos depois, com mais de 70 anos de idade.

– Na realidade, este tronco deveria ser encabeçado pelo pai de Do-mingas, pois é evidente que ele e sua esposa aqui viveram nos primórdios da fundação da cidade. Ocorre, entretanto, que nenhum docu-mento revelou o nome do casal de sogros do francês Grugel, o que mo-tivou a colocação do próprio à teste de sua frondosa e disseminada clã. O nome de família, Grugel, com o correr dos anos, passou indis-tintamente a ser Grugel ou Gurgel.

Hoje em dia somente a forma Gurgel subsiste. A família perpetuou-se por linhas femininas, pois o único filho varão do casal inicial fez padre e morreu sem geração. Os vários Gurgel do Estado de São Pau-lo são descendentes de Bento do Amaral e Silva, neto de Toussaint. Outros netos e bisnetos foram para Portugal e lá se radicaram, é pro-vável que deles sejam descendentes os Gurgel do Amaral de Sergipe, do Ceará e do Estado do Rio (Parati), famílias essas que, lamentavelmen-te, não conseguimos ligar ao tronco principal, por falta total de docu-mentos comprovantes.

DESCENDENTES ILUSTRES

Seu neto Cláudio G. do Amaral, que, depois de viúvo, tomou ordens e morreu assassinado em 1716, em revide a crimes praticados por seus  filhos.
O Padre Antônio Pereira de Sousa Caldas.
A Viscondessa de Vila Real da Praia Grande (Niterói), D. Maria Elisa Gurgel do Amaral e Rocha.
O Brigadeiro Francisco de Lima e Silva, Regente do Império, seus filhos Luís Alves (Duque de Caxias, Patrono do Exército Brasileiro) e José Joaquim (Conde de Tocantins) e seus irmãos José Joaquim (Vis-conde de Magé) e Manuel da Fonseca Lima e Silva (Barão de Suruí).
O Marechal Manuel Antônio da Fonseca Costa, Marquês da Gávea, seu filho João, Visconde de Penha e a esposa deste, Maria da Penha Montenegro, Viscondessa da Penha, que era sua prima.
A Viscondessa da Fonseca Costa.
O Barão de São Félix, Antônio Félix Martins.
A Marquesa de Vila Real da Praia Grande, D. Maria da Encarnação Carneiro de Figueiredo Sarmento, e seu filho Caetano Pinto de Miranda Montenegro, Visconde de Vila Real da Praia Grande.
A Marquesa de Cantagalo, O. Maria Teresa Pinto Guedes Smissaert Caldas.
A Baronesa de Santa Mônica, D. Luísa do Loreto, filha do Duque de Caxias.
A Baronesa de Vargem Alegre, D. Mariana Cândida de Lima e Silva, filha do Conde de Tocantins.
A Baronesa de São Sepé, D. Teresa Camila.
O Barão de Vista Alegre, Manoel Pereira de Sousa Barros e sua esposa e prima, Rita Amélia de Meneses Barros.
O Barão de Engenho Novo, Antônio Pereira de Souza Barros.
A Baronesa de Santa Clara, Leocádia Delfina de Barros.
A Baronesa de Ma ia Monteiro, D. Maria Elisa Pinto de Miranda Montenegro.
A Baronesa de Sampaio Viana, D. Maria Amália de Figueiredo Rocha.
O famoso maestro Francisco Manuel da Silva, autor do Hino Nacional Brasileiro.
Honório Gurgel do Amaral, que foi prefeito do antigo Distrito Federal e conceituado homem público, e em cuja homenagem foi deno-minada a Estação de Honório Gurgel que deu nome ao Bairro de Honório Gurgel.
O Almirante Luís Augusto Pereira das Neves.
Ubaldino do Amaral Fontoura (do ramo paulista) que foi Prefei-to do antigo Distrito Federal.
D. Madalena Luísa da Gama Berquó Moses, esposa de Herbert Moses, ex-presidente da Associação Brasileira de Imprensa.
O falecido engenheiro Ernesto da Fonseca Costa, fundador do Instituto de Tecnologia, e seu irmão, o almirante Aires, presidente da Ishikawajima do Brasil.
O Embaixador José Joaquim de Lima e Silva Moniz de Aragão. O engenheiro Rui de Lima e Silva, ex-diretor da Escola Nacional de Engenharia.
Brigadeiro Dário Cavalcanti de Azambuja.

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